No dia 09/03/23, no âmbito da 20.ª edição da AMJ, eu, (Helena Caetano, integrante da bancada) e os meus colegas Afonso Calixto (líder de bancada) e Anabelle Cruz (também integrante da bancada) fomos passar o dia com elementos da Junta de Freguesia de Santiago na atividade “Eleito por um dia”. Foi um dia agradável e divertido, no qual ficámos a conhecer as funções e trabalhos realizados por estes mesmos elementos no seu dia a dia, mas também ficámos a conhecer mais sobre a Freguesia, a sua história e os seus costumes.
Saímos da escola por volta das nove horas da manhã e fomos na carrinha da Junta da Freguesia acompanhados pela Sra. Tesoureira (Lurdes Pereira) até ao Largo da Marinha, que se situa a Sede da Junta de Freguesia de Santiago. Conhecemos aí a Sra. Presidente da Junta de Freguesia de Santiago (Laura Correia), o Sr. Secretário (Sérgio Carvalho), o Sr. ex-presidente da Junta de Freguesia de Santiago (Félix Rapaz) e vários outros membros da mesma, fundamentais para o seu funcionamento.
Dentro da Sede, observámos várias obras de arte como esculturas e pinturas feitas por pessoas da Freguesia que exigiram muito esforço e habilidade. Foi-nos explicado que a Junta, devido ao reduzido tamanho da freguesia e à pouca população, não tem nenhum membro que trabalhe a tempo inteiro. O trabalho ali realizado é fruto da dedicação de todos os que ajudam, assim, a Freguesia de Santiago.
Saímos da Sede em direção a várias fotografias afixadas nas ruas. As fotografias mostravam a Freguesia há bastante tempo. Pudemos constatar que a pesca era, sem dúvida, uma grande atividade na Freguesia, que era, maioritariamente, praticada pelos homens e que havia pouca interação entre mulheres e homens.
De seguida, visitámos a Fortaleza, mas como ainda não havia possibilidade de visitar o museu, apenas convivemos.
Após sair da Fortaleza passeámos pelas ruas para ver as exposições de painéis sobre a pesca, especialmente a arte xávega. Ao passear, notámos que havia um grande “à vontade” da população com todos os elementos da Junta de Freguesia, chegámos até a ter a oportunidade de ouvir algumas histórias e vivências partilhadas por pescadores da vila.
Passámos pelo Mercado Municipal e falámos das Festas do Nosso Senhor Jesus das Chagas e a história por detrás do feriado municipal.
Visitámos a Igreja da Santa Casa da Misericórdia e assistimos a gravações das festas.
Observámos também exposições de arte religiosa/sacra na Capela dos Mareantes, que funcionou inicialmente como capela e hospital. O hospital medieval apenas foi descoberto na década de 1970 e contém vários desenhos de embarcações nas paredes, que, embora não nos pudéssemos aproximar muito, ainda eram visíveis. Seguimos para o Auditório Conde Ferreira, que funciona como sala de reuniões.
Após todas estas visitas a sítios de grande significância na Freguesia, almoçámos na Hamburgueria Oltre.
Já de barriga cheia, voltámos a visitar a Fortaleza, mas desta vez, com o Museu Marítimo aberto e pudemos visitá-lo. No interior do museu, encontravam-se exposições sobre D. Carlos de Bragança, centradas, sobretudo, nos seus vastos estudos sobre o mar e sobre as suas campanhas nos mares de Sesimbra, sobre a pesca, sobre a indústria conserveira e sobre as devoções marinheiras e marítimas, tais como “o Senhor Jesus das Chagas”, “Nossa Senhora do Cabo” e “Nossa Senhora da Boa Viagem”, eram peças dedicadas a um santo como agradecimento de um milagre, normalmente associado a um salvamento ou a boas pescarias, na maioria são peças de arte popular, que guardam em si um significado enorme e são fundamentais para a compreensão destas devoções.
Depois, partimos para o Espaço Cultural onde aprendemos sobre a renda de bilros e vimos a maneira específica e difícil como é feita.
Chegou a hora do lanche e fomos até ao Centro de Convívio da Fonte Nova. Fomos recebidos calorosamente por todas as pessoas que nos esperavam. Lanchámos e convivemos com os utentes. Ouvimos poemas recitados, assim como canções e a minha colega Anabelle Cruz chegou a cantar. Criámos memórias no Centro de Convívio, que certamente não vamos esquecer.
Gostámos da experiência e sentimos que foi uma oportunidade única para conhecer melhor o dia de trabalho da Presidente da Junta de Freguesia de Santiago e da Freguesia em si.
Helena Caetano, 8.º D